Um novo conceito de propriedade Rural

O conceito do “Novo Rural” busca atualizar as estruturas fundiárias legais objetivando a modernização da vida no campo, permitindo assim a reversão do êxodo rural e do consequente abandono das zonas rurais, criando cidades mais saudáveis, com paisagens rurais perpetuas e preservadas.

Por que o Novo Rural?

Segurança e qualidade de vida na zona rural.

Perpetuação da paisagem rural nas cidades.

Administração profissional das áreas produtivas.

Preservação ambiental compartilhada.

Viabilidade de infraestrutura na área rural.

Movimentação da economia local.

Liquidez em imóveis rurais.

PARA QUEM É, OU QUER SER DO CAMPO

O NOVO RURAL

O Novo Rural é um conceito que esta tomando força nos grandes centros urbanos como uma opção viável no regramento de uso de solo, que hoje contempla apenas as modalidades rural tradicional ou urbana.

Para entendermos e vislumbrarmos o que pode ser o Novo Rural, precisamos lembrar do que era o rural em nossa cidade a pouco mais de meio século atrás.

O rural em nossa cidade era formado por diversas fazendas que por sua vez abrigavam diversas famílias. Em uma fazenda encontrávamos todas as classes sociais interagindo no dia a dia. Tínhamos o dono da fazenda, os administradores e os colaboradores específicos, todos morando e trabalhando com suas famílias em prol de um objetivo comum, a fazenda. O dono da fazenda, via de regra, era sempre um empreendedor, com estudos e conhecimentos acima da média, que compartilhava sua educação com seus colaboradores em prol do desenvolvimento da propriedade. Em uma fazenda, tínhamos atendimento médico particular, tínhamos professores particulares, tínhamos igrejas, tudo organizado e gerido pelo “fazendeiro”. Mas a vida não era fácil, o trabalho era braçal e cansativo, e existia o sonho de uma vida melhor, fora dali, na cidade, onde empreendimentos buscavam a realização de outros sonhos.

E assim pouco a pouco os filhos dos fazendeiros, os filhos dos administradores, os filhos dos funcionários foram debandando, e as fazendas foram ficando solitárias esperando a cidade bater em suas portas para enterrar de vez um modelo de vida que um dia existiu. Muitas fazendas viraram cidade, algumas viraram áreas particulares de lazer e algumas sobreviveram como fazendas mesmo, a duras penas, esvaziadas, sustentadas pela paixão de seus proprietários. Proprietários que não conseguem mais sustento da terra, e pelo contrario, precisam de recursos externos para manter suas fazendas de pé.

Como tornar hoje em dia, no entorno de grandes metrópoles, uma fazenda sustentável, economicamente e ambientalmente, como produzir se não temos mais pessoas? Não temos mais dinheiro? Não temos mais incentivo? Como preservar a natureza sem desequilibrar a função social da propriedade?

Este é o desafio do Novo Rural, equacionar, com o pé no chão, todas as variáveis existentes para criar condições que possibilitem a preservação das características rurais no entorno dos grandes centros urbanos propiciando qualidade de vida para toda a cidade.

Seja na cidade ou no campo, para desenvolver, crescer, reconstruir, evoluir é preciso empreender, e para empreender é preciso uma visão de futuro e um regramento claro que favoreça o caminho a ser seguido.

O Novo Rural deve atender a essa necessidade de empreender, ele deve possibilitar que as propriedades recebam de volta as pessoas, para morar, para produzir, para visitar, para preservar, resumindo… Para cuidar.

Que pessoa que não tem seus valores baseados na vida rural, de seus pais, avós ou bisavós? O rural está no inconsciente de todos.

Enfim, o Novo Rural deve agregar pontos positivos da modernidade urbana nos espaços rurais para estimular investimentos com consequente melhoria na qualidade de vida dos moradores e na preservação dos ambientes naturais.